segunda-feira, 26 de julho de 2010

Texto: Alerta ao cliente da dança de salão






por Elaine Reis (professora de dança de salão e proprietária da Academia Pé de Valsa)


Cada pessoa sabe o que pode investir em sua qualidade de vida. A pesquisa hoje é um ritual normal. Assim, o futuro interessado em fazer aula de dança de salão tem a internet, o catálogo, o anúncio de propaganda de alguma academia ou a indicação de um conhecido.
Visitar a local de ensino, pesquisar preço e a credibilidade do profissional ou da empresa faz parte de todo o processo.
Há muitos anos atrás, já fui professora autônoma, assim tenho plena consciência dos dois lados da moeda. Como tal as minhas despesas eram o pagamento do INSS( isto porque sempre pensei no futuro - aposentadoria), o transporte para chegar aos estabelecimentos em que dava aula, um bom sapato de dança e, na época, fita cassete ou disco vinil.
Hoje ainda ficou mais fácil, pois os profissionais têm a opção de usar I-pod, Mp3 e notebook, lembrando que aqui as pessoas nem estão gastando com compras de CDs, pois tudo está sendo baixado da internet.
Hoje, como empresária de dança de salão, aprendi que o lucro não é apenas multiplicar a quantidade imaginada de alunos pelo valor da mensalidade.
Além desta multiplicação devemos subtrair as seguintes parcelas: Aluguel do estabelecimento (caso não seja um espaço próprio), condomínio, contador, Cemig, telefone, copasa, contribuição obrigatória, patronal (senagic), ecad (direitos autorais para poder tocar as músicas), manutenção material escritório (envelopes, notas fiscais, papel timbrado, cartão de visita, clipes, lápis, borracha,...), manutenção de material de limpeza (papel higiênico, detergente, desinfetante, álcool gel, cera...), taxa e domínio de internet, SATED, TFLF-TFS (taxa de fiscalização, localização e funcionamento, taxa de fiscalização sanitária), taxa de incêndio, TFEP (taxa de fiscalização de engenho de publicidade), investimento com algum tipo de propaganda, salários, 13%, férias, FGTS, transporte, tarifa da conta bancária da pessoa jurídica, GPS, Imposto do Simples nacional, INPI (marcas e patentes), PPRA (Programa prevenção riscos ambientais), extras como conserto do computador e da impressora... Será que me esqueci de alguma? Provavelmente sim!
É lógico que cada profissional possui o seu valor, e cabe a cada um defender isto.
Os alunos, que não querem se vincular às empresas especializadas do ramo e preferem um profissional liberal, poderão exigir um valor da mensalidade bem menor do que a maioria está cobrando por motivos óbvios, não é mesmo? As obrigações são infinitamente menores.
O valor da mensalidade poderá ser menor também nas entidades que oferecem esta arte e que, já recebem 1% do salário dos funcionários da classe de trabalhadores e que possuem ainda ajuda do governo. Assim estas instituições devem ter seu preço bem mais barato que as empresas privadas.
Associações sem fins lucrativos também entram no mesmo caso.
O comprador de serviços tem que ficar atento para saber argumentar com o seu prestador de serviços e defender uma atividade que, com toda certeza, promoverá o seu bem estar e sua qualidade de vida.
 Caso este profissional não tiver consciência da realidade é preferível você optar por uma empresa que é responsável por várias famílias: seus funcionários e dependentes.



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