sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Texto: Dance bem, dance mal, mas dance sempre!

por Elaine Reis - proprietária e professora de dança da Academia Pé de Valsa

Primeiro texto de 2013!
Reverencio e, desde já, agradeço a oportunidade de mais 365 dias de aprendizado e conquistas neste novo ano! Bem, assim espero e creio!

Na noite de reveillon, tive a chance de ficar analisando a atitude de vários casais dentro de um evento gigantesco com diversos ambientes de dança.

No ambiente de cabeça de prata, basta começar os primeiros acordes da banda que os casais já estão a postos em seus rodopios pelo salão, sem timidez. Personagens que viveram os anos dourados são capazes de ficar a madrugada inteira com seus passos adquiridos pela vida ou por escolas especializadas. Os pares que dançam sem medo dos espectadores de plantão os poucos passos que sabem, com uma resistência de dar inveja a muitos maratonistas.

Num ambiente familiar, crianças tropeçam nos pés das cadeiras e mesas espalhadas em um espaço gigantesco. Mulheres e mães chegam com tábuas de frios, vasilhas de nozes, damasco e taças e garrafas de vinho, champanhe. Banda eclética com repertório musical maravilhoso: grandes orquestras, um pout porri das décadas passadas, rock, samba, forró, axé, funk, música sertaneja e internacional atualizada. Enfim, nesta mistura maravilhosa, as pessoas deste ambiente chegam comportadas em relação a dança, mas a energia musical é tão grande que em pouco tempo já levantam da cadeira e ficam a beira da mesa sacudindo seus esqueletos.

Ao passar o tempo, com um pouco de bebida no corpo, os casais se abraçam, beijos modestos aparecem e uma mini simulação de dança a dois aparece. Mesmo simples, estes movimentos corporais são bonitos e de uma energia contagiante.

Entre estes dois públicos, os cabeça de prata e as famílias , aparecem os adolescentes trançado como um cometa, com vodka absolut na mão, divididos entre o ambiente de música puramente eletrônica e a banda com repertório nacional atualizado. Beijos ardentes e apaixonados, vestidos coladíssimos, saias curtíssimas, risadas altas, brincadeiras já alteradas pelo álcool e, no meio desta animação, corpos suados se beneficiam na delícia de dançar um samba e um forró ainda mais grudadinho.

Para completar esta magia, chega passando por todos os ambientes uma bateria de escola de 
samba. Os musicistas passando ao seu lado com suas passistas desnudas e com corpos perfeitos, o surdo no compasso de seu coração. Não há como um cidadão não gingar! Aí me lembro de um trecho da música "Samba da minha terra" de Dorival Caymmi: "Quem não gosta de samba, bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé”.

bhdancadesalao.blogspot.com - 5 anos de muita informação
BH Dança de Salão.com.br - 4 anos de "muito sobre a dança de salão de Belo Horizonte"
Caçadores de Bailes BH (comunidade Orkut - grupo Facebook) - 6 anos de divulgação - onde tudo começou

Nenhum comentário: