quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Texto: Coragem

por Elaine Reis - professora de dança de salão e proprietária da Academia Pé de Valsa

Sou do sexo feminino em todos os sentidos, Deus me fez assim!
Mas isto não me isenta de sentir a dificuldade masculina na dança de salão, talvez eu tenha dentro de mim um lado deste sexo também aguçado.
Sinto uma profunda necessidade de ajudar, principalmente em ensinar a ter coragem em vários momentos no mundo da dança de salão.
Parece simples e fácil, mas não é!
Como ensinar a passar fronteiras um cavalheiro se dentro a pessoa está se proíbe por diversos fatores.
Exemplificando:
Como abordar uma dançarina para dançar que já brilha nos salões de dança da vida.
Como abordar uma dama que você quer dançar e já esta acompanhada por amigo, namorado e marido.
Como abordar um par para dançar que você admira como mulher e tem segundas intenções.
Como abordar uma deusa para dançar se ainda sente pequeno em frente a um gigante!
Algumas palavras me passam pela cabeça. A primeira é CORAGEM!
Não tenha medo de levar um “toco” como diz meu filho de 19 anos (Mateus).
Arrisque sempre......
Caia, desequilibre, tropece, saia do ritmo, sorria amarelo, mas sempre com coragem.
Tenha coragem de se reerguer e começar tudo de novo. Nada que mil vezes não resolva.
Tem algumas coisas que você não pode fazer jamais:
Iludir, contar vantagem, se esquivar e prometer o que não pode ainda cumprir. Não faça propaganda, lembre do conceito do mineirinho: “ come gueto”.
Quem sabe não faz alarde, apenas executa.
Seja honesto consigo mesmo, escute seu coração e não fuja. Você pode, você consegue se no fundo você for sincero e entregar plenamente á música e a seus sentimentos mais profundos e aliar com o aprendizado de seus mestres.
Agradeça sempre, esta experiência é mágica. Tudo tem lado bom e lado ruim, como uma moeda. Como saberemos da alegria se não sentirmos a tristeza.
Viva e dance....dance....dance.


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Um comentário:

FosteR disse...

Concordo com cada palavra dita, Elaine.
Muitas vezes um cavalheiro sente-se frustrado em chamar uma dama para dançar, seja porque não se considera ao nível dos dançarinos na ronda ou de determinada dama.
Ontem mesmo em uma gafieira fui chamar uma dama para dançar, que recusou. Cumprimentei e me despedi. Chamei outra, novamente recebi um não, mas educado. Retribuí a educação e me despedi e chamei uma terceira dama que aceitou. Dançamos dois ótimos sambas, fazendo vários passos. Em um tempo atrás teria ficado desmotivado no primeiro 'não' e provavelmente não teria tido coragem de chamar outra dama para dançar.
Hoje penso assim... Uma dama que recusa uma dança pode não estar passando bem, ou não se sentindo a vontade, ou até mesmo não quer dançar comigo, mas isso não vai arruinar a minha noite.
Abraços!