segunda-feira, 1 de março de 2010

Texto: Gigolagem


por Elaine Reis e Rebeca Ribeiro

Creio que essa palavra não exista na língua portuguesa. Na verdade, não fiz muita questão de pesquisar a respeito, pois gostaria que ela não existisse e sonho que está atitude saia das manifestações humanas.
Com toda certeza, não é só no meio da dança que há pessoas maldosas e destrutivas, que manipulam e tentam tirar proveito de pessoas carentes e desequilibradas. Já escrevi um texto a respeito de perturbações na dança, e sinto em dizer que na Dança de Salão também há pessoas que chantageiam e passam pra trás pessoas que estavam buscando ajuda.
Esse é um tema delicado, que nos faz pensar na atitude de certos profissionais, e também lamentar a existência de pessoas tão insensíveis e egoístas.
Já soube de “profissionais” que se diziam professores de dança – apesar de não saberem ensinar a base do bolero – usando dessa posição de destaque para agredir e explorar psicologicamente um aluno com dificuldades.
Nós, professores, sempre incentivamos os nossos alunos a saírem para dançar com outras pessoas, praticar, treinar, pois só assim será um verdadeiro pé de valsa... E essas pessoas inescrupulosas que citei aproveitam-se dessa situação onde o aluno está fora do seu ambiente, no meio de pessoas que ele não conhece e de quem não tem referência, para aproximar-se e obter vantagens. Depois dessa aproximação, fazem de tudo para monopolizar a atenção dessa pessoa – que geralmente tem melhores condições financeiras ou sociais – para assim obter o maior lucro possível. Alguns chegam até a chantagear o aluno para que ele troque de academia, ou abandone as aulas.
Depois de conseguir extrair o máximo possível de benefícios (sociais, financeiros, materiais e emocionais), obviamente esse “profissional” cria uma situação bem conveniente para si mesmo, e se “livra” da outra pessoa, pois para esse tipo de manipulador, pessoas são descartáveis. E passa para outro. Essas pessoas nunca estão sozinhas. Pode reparar.
Já tentei alertar alunos a respeito desse tipo de situação, mas pessoas carentes e já com dificuldades, quando se apaixonam, ficam cegas. E depois de tudo passado, essas pessoas percebem o quanto foram enganadas e voltam pra nossa academia, reconhecendo que estávamos certos desde o começo.
Não é preciso exemplificar com uma história real esse perfil que acabei de descrever. Creio que todos conhecem, em sua profissão, alguém que se comporta dessa forma. Infelizmente.
O que nos resta é ficar atentos a esse tipo de pessoa, e manter distância enquanto for possível. E também pedir a Deus que elas fiquem bem distantes das nossas famílias, amigos e trabalho.

Elaine Reis é professora de dança de salão e proprietária da Academia Pè de Valsa
Rebeca Ribeiro é dançarina e administradora do site portalpedeserra.com.br

BH Dança de Salão.com.br muito sobre a dança de salão de Belo Horizonte

Um comentário:

Anônimo disse...

Otimo ....OTIMO ALERTA DA PROFESSORA ELAINE.

FALOU TUDO...PARABENS