quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Comentário sobre o texto: Bolsistas


Bolsista é um mal necessário?” Mas até onde o bolsista não é também a coluna de sustentação da academia. Explico: por muitas vezes já presenciei o professor não dando conta de uma turma, pelo lotação mesmo, 30, 40 pessoas e os bolsistas fazendo seu papel correto de instruir o que o professor não conseguiu e garantir o aluno na classe. Pois isso também acontece. Já presenciei alunos reclamando da escola porque o professor não conseguiu dar assistência aos mesmos.

Ocorrem a vaidade e ego? Ocorrem sim e em muitas vezes de forma “extrapolante”, onde o bolsista simplesmente esquece quem é e se transforma no “super e poderoso dançarino”.

No caso da aluno/aluno gostar de dançar somente com o bolsista, tem o outro lado da moeda. Muitas alunas/alunos preferem dançar com os alunos normais a dançar com os bolsistas, muito pela desigualdade de informação: sentem-se desfavoráveis e com medo de errar diante do "todo poderoso" dançarino-bolsista.

Dançar entre eles (bolsistas) nem se fala. Fazem e acontecem. Conheço poucas escolas ou quase nenhuma, para ser mais preciso, em que os bolsistas se disponibilizam em dançar com os alunos/convidados e "olha" que eu freqüento boa parte dos bailes das escolas e academias.

Mas de quem é a culpa disso tudo?

De o bolsista extrapolar, é da academia, que o deixa exibicionista por um segundo, depois dois, três e ai ele pensa que pode ser assim para o "resto da vida". Cabe a academia ralhar com o mesmo no primeiro desvio de conduta. Também nos bailes cabe a academia, já que ela faz o baile pensando nos alunos. Se ocorrem danças entre bolsistas a responsabilidade é também das academias corrigirem a conduta. Pode até ser que no final do baile os bolsistas possam estar liberados para praticarem sem restrições.

Também os professores devem conseguir preencher o intervalo entre os alunos e o conhecimento, talvez dançando com cada um no momento da prática - isso é mais fácil quando é professora; para o professor uma bolsista bem avançada poderia fazer esse papel, já que homem não dança com homem (na maioria das vezes).

[]s
Wilson Milagres

2 comentários:

Unknown disse...

Wilson, interessantes as colocações. Dá muita raiva mesmo, quando a gente vê os bolsistas se exibindo nos bailes, faltando tantos pares para dançar...

Anônimo disse...

Acho que muito disso tudo que vc comentou seria pouco relevante se as escolas ensinassem os alunos a não depender dos bolsistas. Aula é aula ! Necessário um apoio, necessário uma referencia a mais, Necessário formar os pares. Mas baile ? Baile é pra dançar com quem se gosta e com quem quer e se permite ser convidado. Baile é diversão, prazer, livre arbitrio.. As escolas que obrigam os bolsistas a dançar com aluno pra mim fazem o caminho inverso. Impedir que bolsista dance com bolsista tambem acho incoveniente.
Cria-se dependencia e não personalidade no dançarino. Ensinan-se a copiar e não ensinam a dançar. Porque os alunos não se perguntam: Será que o bolsista quer dançar comigo ? Dançar por piedade ou obrigação..nem pensar !

Alunos !!! Pensen nisso !

Baile é liberdade para dançar , interpretar. Se tem aluno que não dança é porque não foi preparado para ir ao baile, porque está de braços cruzados, cara fechada ou tomando uma cerveja na mesa... E esses , prefiro que fiquem sentados mesmo até que sejam tocados pelo motivo de ir a um baile de verdade.

Baile com aulão ( É o Ó do borogodó ), monitores a disposição, dançarinos de aluguel na minha humilde opinião não acrescentam positivamente a dança de salão em geral.

Felicidade não se compra, se doa !