segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Espaço Interpessoal na Dança de Salão

Por Sandra Regina Garijo de Oliveira, Catia Mary Volp, Lilian Mayumi Otaguro, Ana Clara de Souza Paiva, Silvia Deutsch (Universidade Estadual Paulista)

Introdução

O contato corporal, muitas vezes necessário na dança de salão, nos leva a indagar como os corpos dos que estão dançando "falam" se estão confortáveis ou não com o parceiro com quem dançam, em especial em casos de cursos, quando às vezes, têm-se que dançar com alguém que nunca se viu antes. No Departamento de Educação Física da Unesp de Rio Claro é oferecida uma disciplina optativa de "Dança de Salão" para alunos de terceiro e quarto anos, os quais, normalmente, se conhecem a priori, visto que já estão, no mínimo, há três anos no mesmo curso. Entretanto, não se sabe se o contato corporal exigido na dança de salão é confortável e desejável para todos.

Como parte do processo de ensino-aprendizagem, acreditamos que o professor tem um importante papel, no sentido de tentar minimizar este desconforto, se é que ele realmente existe. Desta forma, questiona-se: quais seriam os possíveis fatores que poderiam "tranqüilizar" este contato? Será que quando se dança com um "bom" dançarino este contato corporal é visto como natural? E quando o parceiro com quem se dança é do mesmo sexo? Isto às vezes acontece, visto que o número de homens que procuram este curso é menor do que o de mulheres. Este contato seria aumentado ou diminuído? Escolher o parceiro com quem se quer dançar poderia facilitar a aproximação corporal?

Na tentativa de responder a algumas destas questões propõe-se este estudo, cujo objetivo é verificar se há relação entre aproximação/distanciamento dos casais durante a dança de salão, quando se dança com o "melhor dançarino", com o "pior dançarino", "com quem mais se gosta de dançar", "com quem menos se gosta de dançar", de acordo com um sociograma realizado no grupo.

A dança

A dança existe desde a mais remota antigüidade, e esta existência talvez se deva à necessidade que o homem apresenta de estar em constante movimento. Movimentos considerados dançantes integram a rotina de diferentes espécies, de insetos e mamíferos, tendo como função a aproximação para o acasalamento (Deutsch, 1997).

Segundo Ellmerich (1987) a dança, considerada como movimento ordenado e rítmico, tem por base as manifestações biológicas dos seres humanos e dos animais. Nos animais, torna-se difícil a identificação da intencionalidade dos gestos, o que supõe uma interpretação, normalmente voltada para o aspecto instintivo. Nos seres humanos a intencionalidade é facilmente identificada.

A dança de salão

Volp (1990; 1994) define a dança de salão como uma modalidade de dança na qual pares de dançarinos sincronizam passos e figuras ao som da música, mantendo-se dentro de normas sociais em relação ao contato entre eles e com os outros pares no salão.

As danças de salão são divididas oficialmente pelo Sistema Internacional de Dança de Salão em dois grupos – clássicas e latinas. Esta divisão está baseada em aspectos do tipo origem, postura e utilização espacial do salão. As que compõem o conjunto de danças clássicas são: a Valsa Lenta ou Inglesa, a Valsa Vienense, o Quickstep, o Slowfox e o Tango. Já as que compõem as danças latinas são o Cha-chachá, a Rumba, o Paso Doble, o Samba e o Jive. Outras danças mais recentes como o Mambo, a Salsa e o Merengue se enquadram neste sistema, porém não oficialmente.

De forma bem simples, podemos dizer que as danças clássicas exigem um maior contato corporal, e a posição dos pés deve ser em “zíper“, caracterizando uma posição “fechada” (de aproximação). Já nas danças latinas, em posição “fechada” os pés devem estar em paralelo, com uma distância corporal mínima de dois palmos, mas, normalmente os passos das danças latinas são de figuras “abertas”, o que leva naturalmente a um distanciamento corporal ainda maior.

Para este estudo escolheu-se a Valsa, visto que exige contato corporal, além de ter passos simples e facilmente executados, permitindo uma circulação natural pelo salão mantendo sempre uma postura “fechada”.

A valsa

Enquadrada nas danças clássicas, a Valsa, é considerada uma dança circular, rodopiante, de compasso ternário, onde o primeiro passo deve ser dado na primeira batida do compasso (Silvester, 1990).

Historicamente, por muito tempo, a Valsa foi desacreditada em razão de sua característica libertina e considerada uma dança viva que mantinha os casais fortemente enlaçados para os giros, dançando joelhos contra joelhos. Com o tempo, ela ganhou a expressão de maior representante da arte da dança (Deutsch, 1997). Entre 1825 e 1830 começa a declinar a supremacia da Valsa no campo das danças aos pares, mas ainda assim, hoje, inclusive no Brasil, a Valsa tem sua função social, principalmente nas festas de casamento e de debutantes.

A Valsa Lenta possui um andamento entre 30 e 32 compassos por minuto e a Valsa Vienense tem 60 compassos por minuto. Para a dança de salão, tanto em uma quanto em outra, todos os passos possuem a mesma duração: para cada batida rítmica é dado um passo.

Neste estudo optou-se pela Valsa Vienense de compasso 3/4 - três batidas em um compasso, sendo a primeira forte e a segunda e terceira fracas. Para mantermos a estrutura didática, escolheu-se músicas com um andamento entre 56 e 64 compassos por minuto, as quais foram introduzidas em ordem crescente.

A comunicação não verbal na dança de salão

Segundo Harris (1978) o movimento é o meio de comunicação do homem em resposta às emoções da vida. A dança de salão coloca as pessoas em confronto direto com suas novas emoções devido ao contato social e corporal com parceiros do sexo oposto (Volp, 1994).

Entretanto, é preciso atentar para o fato da proximidade, e até da invasão, do espaço interpessoal durante a dança. Segundo Andersen (1999), não importa aonde vamos, temos sempre uma “bolha” invisível que delimita nosso espaço pessoal, e quando alguém invade este espaço, as reações são geralmente negativas, exceto com aqueles que amamos.

Na dança de salão, aparentemente, o homem é quem conduz a dama pelo salão, ao mesmo tempo em que ele dá os comandos em relação aos passos a serem executados. Além disso, ele tem como função proteger as damas de “trombarem” em outros casais. Tudo parece natural, mas e nos casos onde o parceiro da dança não é alguém próximo ou é alguém indesejável, como é vista a invasão do espaço?

Método

Participantes

Os participantes foram 24 alunos de graduação que estavam cursando a disciplina optativa "Dança de Salão" no curso de Educação Física da Unesp de Rio Claro. Deste total, 15 eram do sexo feminino e 9 do sexo masculino, perfazendo um total de 12 pares de dança. Desta forma, 3 mulheres fizeram o papel de cavalheiro durante a dança.

Procedimentos

Para a construção do sociograma, os participantes responderam a um questionário com as seguintes questões:
a) “Com quem você mais gosta de dançar ?”;
b) “Com quem você menos gosta de dançar”;
c) “Na sua opinião, quem é a (o) melhor dançarina (o) da turma”;
d) “Na sua opinião, quem é a (o) pior dançarina (o) da turma”?

Em seguida, os participantes foram filmados enquanto dançavam o ritmo Valsa Vienense, nos padrões das danças de salão. Os casais estavam posicionados em um círculo, cavalheiros ao centro, voltados para fora, damas do lado de fora do círculo voltadas para o centro, em movimento pelo salão no sentido anti-horário. Os participantes iniciaram o movimento a partir da posição inicial padronizada da Valsa, ou seja, pés na posição em “zíper” (pé direito entre os pés do parceiro), contato de corpo na região abdominal, mão direita do cavalheiro apoiada na escápula esquerda da dama, e mão esquerda segurando a mão direita da dama à lateral do corpo na altura dos olhos, mão esquerda da dama apoiada no ombro direito do cavalheiro e mão direita apoiada na mão esquerda do cavalheiro.

Os casais foram instruídos a dançar num círculo e passar por 8 marcas "X" feitas no chão para que a distância de cada casal, com relação às câmeras, pudesse ser aproximadamente a mesma. Além disso, para iniciantes, como são os alunos da disciplina, é muito comum que à medida que se movimentam fechem o círculo. A utilização destas marcas serve tanto para ajudá-los a manter o círculo quanto para a padronização da distância dos casais da câmera para a filmagem.

A Valsa é um estilo que envolve aproximação dos casais. A figura 1 mostra o posicionamento correto dos pés do casal durante a dança de salão, especificamente na Valsa.


Figura 1 - Posicionamento dos pés em "zíper" necessário para as danças clássicas

Neste trabalho, foi considerado de grande aproximação a posição exemplificada na figura 1;
A pouca aproximação foi considerada quando os pés estavam pouco intercalados como demonstrado na figura 2.


Figura 2 - Posicionamento dos pés que permite pouco contato.

Foi considerado o distanciamento quando não houve intercalação dos pés do casal como demonstrado na figura 3.

Figura 3 - Posicionamento dos pés totalmente incorreto para danças clássicas - não permite aproximação corporal.

Filmagem

Posicionou-se 2 câmeras JVC 120x - digital hyper zoom, uma de cada lado (nos extremos) da sala. Uma volta completa no salão possibilitou a captação de duas imagens de cada casal dançando. Quando o casal completava uma volta, o mesmo era solicitado a parar, a dama a permanecer onde estava e o cavalheiro a se dirigir à dama a sua direita. Assim, foi possível efetuar um rodízio de casais. Nova volta ao salão era realizada e nova troca de casal acontecia, assim, sucessivamente, durante 15 minutos seguidos. Este período de tempo possibilitou que cada participante dançasse com 8 diferentes parceiros.

Resultados

Os resultados do sociograma, resumidos no quadro 1 estão descritos a seguir, de acordo com as perguntas do questionário. Os alunos mais votados estão identificados pela primeira letra de seus nomes.

Em relação à pergunta 1 - “Com quem você mais gosta de dançar?”, os resultados demonstraram preferência por dois alunos (F e G). Cada um recebeu 6 votos. Muitas foram as respostas – “com o sexo oposto” - isto se deve ao fato das mulheres, às vezes, terem que dançar com outras colegas da sala.

Em relação à pergunta 2 – “Com quem você menos gosta de dançar?”, foi possível identificar somente um aluno (B) que recebeu 5 votos. Outros 5 votos foram para – “dançar com alguém do mesmo sexo”, isto também se deve ao fato das mulheres dançarem com outras colegas do mesmo sexo.

Na pergunta 3 – “Quem é o melhor dançarino da turma?”, foi possível identificar uma aluna com 9 votos (M) e dois alunos (F e G com 6 e 5 votos respectivamente).
Curiosamente, os dois alunos votados como melhores dançarinos são os mesmos “com quem mais se gosta de dançar”.

Na pergunta 4 - "Quem é o pior dançarino da turma?", identificou-se um aluno (A) com 5 votos. O aluno B identificado na pergunta 1 recebeu nesta pergunta 2 votos.

Outras pessoas receberam votos nas perguntas 1, 2, 3 e 4. Entretanto, foram no máximo 2 votos para cada e, por isso, estes resultados não foram considerados para a elaboração do sociograma.

Quadro 1 - Resultados do Sociograma


As filmagens foram avaliadas por dois juízes e a concordância entre as observações dos mesmos foi de 100%. Os resultados estão apresentados no quadro 2 e descritos a seguir de acordo com os alunos identificados no sociograma.

Em relação aos alunos identificados como "com quem mais se gosta de dançar", verificou-se que:

- o aluno F - Dançou com 8 diferentes pessoas, apresentou o posicionamento dos pés em "zíper" com 7 pessoas nas duas filmagens. Com uma única parceira ele apresentou pouca aproximação em uma filmagem e distanciamento em outra.
- o aluno G - Dançou com 8 diferentes pessoas, apresentou o posicionamento correto dos pés em 6 vezes nas duas filmagens, com uma das parceiras apresentou o posicionamento correto dos pés em uma filmagem e na outra apresentou média aproximação. Apresentou aproximação média nas duas filmagens com uma das parceiras, a mesma que apresentou posição de distanciamento com o aluno F.

De certa forma, os dois alunos demonstraram nas observações, em sua maioria, grande aproximação com as parceiras. A parceira L, com quem ambos apresentaram posição de distanciamento, demonstrou o mesmo padrão de afastamento com a grande maioria dos parceiros. Segundo o relato das professoras da disciplina, esta foi uma aluna ausente na disciplina e, ao que parece, mantém certo distanciamento da turma em geral. Curiosamente, estes dois alunos (F e G) foram escolhidos também como os melhores dançarinos. Segundo relato das professoras da turma, estes alunos realmente conseguem conduzir bem as damas, e são alunos que demonstram certa facilidade enquanto dançam.

O aluno B, identificado como “Com quem menos se gosta de dançar”, dançou com 8 alunas e não apresentou posicionamento correto com nenhuma delas. Com uma única parceira apresentou aproximação média nas duas filmagens; com duas parceiras apresentou aproximação média em uma filmagem e distanciamento na outra e, com 5 alunas, apresentou distanciamento total. Neste caso, parece-nos clara a situação de tomar distância do parceiro “Com quem não se gosta de dançar”. De acordo com as professoras, este é um aluno que, também, parece distante do grupo e que se ausentou muito das aulas.

Em relação ao melhor dançarino (A) da turma, identificou-se, a aluna M e os alunos F e G. No dia da coleta de dados a aluna M foi uma das alunas que fez papel de cavalheiro. Suas filmagens foram de total aproximação com 7 alunas, e somente uma (L) demonstrou aproximação total em uma filmagem e pouca aproximação em outra.

Embora as respostas das alunas ao sociograma, em relação ao “com quem mais se gosta de dançar” tenha sido, em grande parte, “com alguém do sexo oposto” e, coerentemente na resposta ao “com quem menos se gosta de dançar” tenha sido - “com alguém do mesmo sexo”, nas filmagens isto não ficou claro. Como visto, a melhor dançarina conseguiu aproximação total com praticamente todas as parceiras. Talvez isto se explique pela boa técnica utilizada pela dançarina na condução das parceiras. As professoras da disciplina concordam com a opinião dos alunos em relação ao bom desempenho desta aluna em aula.

As filmagens dos alunos F e G foram descritas anteriormente e parecem ser coerentes com o fato de que com a melhor performance, há maior aproximação.

Em relação ao “Pior dançarino (a) da turma”, verificou-se que:

O aluno (A) em suas filmagens demonstrou aproximação nas duas filmagens com 2 alunas; aproximação em uma das filmagens e pouca aproximação na outra com 1 aluna; apresentou pouca aproximação em uma filmagem, distanciamento na outra com 1 aluna e distanciamento total com 4 alunas. Embora a atuação deste aluno, de acordo com a análise das filmagens, tenha sido inconstante, verificou-se maior número de distanciamentos das alunas para com ele durante a dança.

De acordo com estes resultados, podemos verificar que há uma aproximação dos casais quando o par é o “melhor dançarino” ou é a pessoa “com quem mais se gosta de dançar”, e também que há um distanciamento dos casais quando o par é o “pior dançarino” ou é a pessoa “com quem menos se gosta de dançar”.

Os resultados confirmam o trabalho de Volp (1994) onde, em entrevista após uma aula de dança de salão, os jovens afirmaram que para aceitarem dançar com outras pessoas o que importa, em primeiro lugar, é que o (a) parceiro (a) que convida saiba dançar e, em segundo lugar, “a pessoa como ela é”, não importando nem o tipo físico (alto/baixo; gordo/magro) nem a aparência física (feio/bonito; mal-arrumado/bem-arrumado). Embora no presente estudo não se tenha questionado sobre o aceite para dançar, pode-se pensar que o aceitar dançar está muito próximo do aceitar a aproximação do parceiro (a).

Quadro 2 - Resumo dos resultados da filmagem




















Alunos identificados no sociograma Observações em relação ao posicionamento dos pés
F
Mais se gosta de dançar
Melhor dançarino
7 pessoas - posicionamento de aproximação nas duas filmagens;
1 pessoa - posição de pouca aproximação em uma filmagem e distanciamento na segunda filmagem
G
Mais se gosta de dançar
Melhor dançarino
6 pessoas - posicionamento de aproximação nas duas filmagens;
1 pessoa - posicionamento de aproximação em uma das filmagens e pouca aproximação na outra filmagem;
1 pessoa - posicionamento de pouca aproximação nas duas filmagens
B
Menos se gosta de dançar
1 pessoa - posicionamento de pouca aproximação nas duas
filmagens;
2 pessoas - posicionamento de pouca aproximação em uma filmagem e distanciamento na outra;
5 pessoas - distanciamento nas duas filmagens
M
Melhor dançarina
7 pessoas - posicionamento de aproximação nas duas
filmagens;
1 pessoa - posicionamento de aproximação em uma das filmagens e pouca aproximação na outra

A
Pior dançarino
2 pessoas - posicionamento de aproximação nas duas
filmagens;
1 pessoa - posicionamento de aproximação em uma das filmagens e pouca aproximação na outra;
1 pessoa - posicionamento de pouca aproximação em uma nas filmagens e distanciamento na outra;
4 pessoas - distanciamento nas duas
filmagens

Em relação aos alunos votados como “Pior dançarino” e “Com quem menos se gosta de dançar” e a aluna “L”, que não demonstrou aproximação total com nenhum dos parceiros, pode-se dizer que eles se enquadram no conceito de conforto ao toque/espaço interpessoal, explicado por Fromme et al. (1989), em que o maior conforto ao toque está associado com maiores níveis de socialização, e menores níveis de conforto estão associados ao maior recato social e timidez. Isto é confirmado pelo relato verbal das professoras sobre o comportamento de distanciamento destes alunos com os colegas em aula.

Conclusão

Conclui-se que a relação aproximação/distanciamento do (a) parceiro (a) na dança de salão está intimamente ligada ao gostar ou não do (a) parceiro (a) e do quanto ele (ela) é considerado (a) bom (boa) dançarino (a). Segundo Silvester (1990), para uma boa execução na dança um dos fatores mais importantes é a boa postura. Neste estudo ficou claro que a postura e, conseqüentemente, a boa condução leva a uma aproximação dos casais, especialmente em danças que exigem a aproximação, como a Valsa, impossibilitando o total distanciamento que alguns dançarinos tentam impor.

Algumas importantes contribuições para a área, portanto, podem ser destacadas. O professor de dança de salão deve investir na correção da postura e condução dos casais. A troca constante de parceiros também deve ser incentivada para aprimorar a condução e permitir maior possibilidade de sociabilização no grupo.

Para que se possa ampliar a pesquisa, sugere-se que seja acompanhado o desempenho (nota) do aluno em aula, para compará-lo à opinião dos colegas do grupo a respeito da sua performance ao dançar. Essa comparação pode indicar se o dançarino escolhido pelo grupo através do sociograma é, realmente, aquele que melhor dança. Sugere-se também incluir no questionário inicial perguntas que possam esclarecer o conforto/desconforto do indivíduo em relação às atividades que requerem algum tipo de contato corporal. Estas informações podem auxiliar na análise das filmagens em relação à aproximação/distanciamento dos indivíduos.

Referências Bibliográficas

Andersen, P. A. (1999). Nonverbal Communication: forms and functions. California: Mayfield.

Deutsch, S. (1997). Música e dança de salão: interferências da audição e da dança nos estados de ânimo. São Paulo: USP. Tese de doutorado apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Instituto de Psicologia, USP, São Paulo.

Ellmerich, L. (1987). História da dança. São Paulo: Nacional.

Fromme, D. K., Jaynes, W. E., Taylor, D. K., Hanold, E. G., Daniell, J., Rountree, J. R, e Fromme, M. (1989). Nonverbal behavior and attitudes towards touch. Journal of Nonverbal Behavior, 13, 3-14.

Harris, J. A. (1978) Dance a while. 5th ed. Minneapolis: Burges.

Silvester, V. (1990). Modern ballroom dancing. London: Stanlley Paul.

Volp, C. M. (1990). A dança de salão no 2o e 3° graus. Relatório Trienal apresentado ao Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro.

Volp, C. M. (1994). Vivenciando a dança de salão na escola. São Paulo: USP. Tese de doutorado
apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Instituto de Psicologia, USP, São Paulo.

Endereço:
Sandra Regina Garijo de Oliveira
Av. 2-A, 1165 Bela Vista Rio Claro
Cep 13506-780
e-mail: sandr@rc.unesp.br

Manuscrito recebido em 08 de março de 2002.
Manuscrito aceito em 22 de agosto de 2002.

Texto publicado com a autorização de Sandra Regina Garijo de Oliveira

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