segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Texto: Sobre Expertise: Aranhas e teias II


por Fernada Freitas

Terminei o texto Sobre Expertise: Aranhas e teias I com as seguintes questões:
Quais seriam aquelas aranhas que sabem tecer suas teias? Quais as vantagens de tecer uma teia? Tecer uma teia é mais fácil que somente fiar?

As aranhas utilizam sua teia para caçar. Aquelas que não utilizam as teias para caçar normalmente são as mais perigosas, pois possuem veneno ou outras armas para garantir alimento.
É interessante observar que profissionais que utilizam de uma rede de relacionamento, de sua network, possuem comportamento mais cooperativo enquanto os profissionais que não se preocupam com estas teias tendem a ser mais competitivos e agressivos. As aranhas que usam teias são frágeis, apesar de que algumas poucas são pequeninas, tecem teias e também são venenosas (viúvas negras que matam seus parceiros). Usar a teia é uma estratégia interessantíssima, aumenta a possibilidade de crescimento e sobrevivência.
O tecer a teia não é mais fácil ou difícil. É uma estratégia de superação. Quantos obstáculos superamos em nossa vida profissional? A estratégia de colaboração é uma das mais produtivas. Veja o exemplo de uma profissional jovem da área de dança de salão:
Sexta-Feira estive em um baile de Forró e Zouk. Confesso que não é meu ritmo preferido, mas a maneira sutil e gentil com que fui convidada pela anfitriã, me fez mudar planos e determinar minha presença. Que motivos fazem um cliente estabelecer como prioridade um produto ou serviço? O que há para nos fazer parte de uma teia?
Pontos interessantes observados no baile:
1º Houve uma recepção agradável quando cheguei.
2º A anfitriã e anfitrião estavam felizes. Exatamente o que transparecia: Realização-Felicidade.
3º A anfitriã se envolveu em todos os processos do baile. Abriu a porta da casa e recepcionou colocando a mão na massa. Abriu e fechou comandas, recepcionou convidados, esteve próxima ao bar, ao som, conversou com pessoas de diversas mesas e dançou.
4º A anfitriã esteve durante todo o ano presente nos diversos eventos de outras academias e sempre mantém uma postura cordial.
5º Diversos profissionais de outras academias estiveram presentes.
6º Fizeram apresentações sem que houvesse estrelismo. Uma cultura de constelação, não de estrelas.
7º Apresentaram o Projeto 4 Estações, com agendamento e proposta de todos os eventos promovidos por eles em 2010. Saíram à frente e quem chega à fonte primeiro bebe água limpa, é claro!

Voltemos à analogia da aranha e da teia e a aplicação de algumas afirmativas que dei destaque no texto I:

“Todo tipo de aranha fia a seda, mas nem todas tecem teias”. Existem aranhas achando que são poderosas pelo tempo que pertencem ao universo da Dança de Salão, e não se preocupam com teias. Aranhas jovens já nascem capacitadas para tecerem suas teias. Superam em sobrevivência aquelas que se sentem “poderosas”.

“Qualquer vento é bom, pra quem não sabe para onde vai!” Ah! Que frase sábia! Nenhuma consultoria que inicio foge ao estabelecimento desta premissa... Quanto esforço perdido encontro quando as pessoas ou organizações não estabeleceram ou perderam seu foco! Quanto desenvolvimento é percebido quando encontramos nossa competência essencial!!!

Você tece suas teias? De que tamanho são elas? Onde estão firmadas? Você tem embasamento? Tem propósito?

Fernanda Freitas  é dançarina, mestre e especialista em política e estratégica, e consultora de desenvolvimento pessoal. fmfprojetos@hotmail.com

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